calor de sensações

Cá em baixo tudo é mais fácil
Cada som, cada bocado de ar, cada luz
É uma espécie de espelho grande e frágil
Que com o reflexo assim se produz.
A vida cá nas profundezas
Tem uma infinita imensidão
Que cada ser mostra as suas proezas
Em que os corais fazem a florestação.
Barcos, submarinos afundados
Que outrora aqui foram parar
Que por um cardume é achado
Com o mastro já quase a virar.
Para alimentação fazem uma cadeia
Dos pequenos aos mortais
Só uma ou outra sereia
Não se comparam a essas tais.

No exterior das águas calmas
No segredo da noite e da luminosidade
Juntamente com a dança das algas
Aparece um corpo em pequena idade.
Arrefecida e deveras diferente
Invade e contrasta o pouco movimento
Não é Mulher do passado, mas do presente
Que fará de ondas cruzamento.
Com belas mãos finas e cremes
Junta esta onda com aquela
Que no choque fazem melodias solenes
E qual delas a mais bela ?
Quem a observa não vai entender
A verdadeira Senhora
Que se tem a crescer;
SER MULHER !