Chorar às pedras da calçada

Ela sentia autocomisera por tudo o que lhe tinha acontecido. Já tinha lamentado às estrelas e hipotecado lugar à calçada. Revelava a quem passava, pedaços do que a atormentava e que por sinal, recebia conselhos daqueles que se disponibilizavam a ouvi-la.
Agradecida, mostrava um sorriso pequeno, pouco sentido, acabando por voltar ao seu estado anterior (e quase habitual).
« '' Vivo numa mágoa jaz sentida, jaz vivida por alguém. Desespero por não sentir culpa! É desejado, não concretizado, impossível... Se me recordo do que me aconteceu, começo-me a corroer e enlouqueço, altero-me e perco-me, uma vez mais, entre garrafas de vinho e em pastilhas milagrosas. »

« Estou presa a putrefactos e coisas dispensáveis, enquanto cresce novamente autocomisera e distância, que constituem um fardo insuportável nos meus ombros.
O tempo veio a meu favor, estou livre se sujidades e más formações.
Agora sim, sou pessoa feliz! »





8 Comments:

  1. Mafalda said...
    Aodrei as emoções escritas no teu blog :)
    M' said...
    Mesmo bonito o texto *.*

    (Siim, também tem em parte a ver com a coragem . As duas :/ )

    Beijinhos :D
    Diogo said...
    é este!
    Vocabulário excelente :)
    Teresa said...
    ''COISAS DISPENSÁVEIS''
    fantastico.
    :D
    Maria said...
    É bom chegar ao fim e dizer: sou feliz!
    Ana Paixão said...
    Que textão! Tão rico, tão emotivo...e com um SOU FELIZ no final que o torna simplesmente divinal

    :D
    Catarina said...
    Se está um texto bonito (...) como vocÊs próprios dizem, não sei, mas veio do mais interior que tenho. (ou que pelo menos que sei que existe) :)

    Obrigada!
    Diogo said...
    fiquei muito contente quando me contas te o que e que tinha acontecido.
    cresceste muito com tudo. ORGULHO

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