Errando uma noite


Um segredo correu mistérios nocturnos, respirou suspiros de frio e agasalhou-se entre abraços de namorados; Ele, passava devagar no silêncio da berma da estrada em que olhava velozmente para ambos os lados.
O vento, bramindo, passava por entre os troncos grossos das árvores e das folhas das oliveiras velhas; ouvia-se o uivar dos cães das redondezas em que não acordava ninguém junto àquelas casas, mas assustava de alguma forma; era como se aquelas habitações estivessem vazias, onde apenas os barulhos incógnitos fossem os únicos que perduravam naqueles telhados e nas janelas fechadas e outras com pequenas gretas abertas;
Ouvia-se ao longe murmurares, músicas da festa a vinte minutos de distância...Curioso, o som, lá, perdurava e aqui não, reinava o respirar aflito e controlado, o silêncio corrompido de barulhos das casas e das longas ervas por onde passavam pequenas correntes de ar secretas.
O toque era nulo, transparente já que, as mãos, essas, permaneciam apertadas nos bolsos do casaco branco.
Permanecia ali o segredo, errando por entre brisas que o levavam como uma espiga dançando ao seu sabor frio e misterioso por entre ilusões e pensamentos nocturnos.


6 Comments:

  1. . said...
    *.*
    Diogo said...
    Estou à espera de ver aqui aquele que me mostras-te hoje.
    Diogo said...
    Népia, nada de nada disso
    Estou mesmo a falar asserio, o texto estava mesmo muito bem escrito.
    Diogo said...
    eu cá sei ;)
    Catarina F. said...
    Escreves tão bem :D
    Teresa said...
    Lindo!

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